quarta-feira, 30 de abril de 2014

Sistemas de controle de tráfego urbano são alvos fáceis para hackers

Sistemas de controle de tráfego urbano são alvos fáceis para hackers

Embora filmes como “Duro de Matar 4.0” e games como Watch Dogshack briquem com a ideia de usar hacks para invadir sistemas de tráfego urbano e garantir a ocorrência frequente de sinaleiros abertos, no mundo real atividades do tipo nunca parecem ter sido reproduzidas. No entanto, a suposta impossibilidade de que situações semelhantes se repitam no mundo real é fruto de uma sensação falsa de segurança, alertam especialistas da área de segurança.

Segundo Cesar Cerrudo, um pesquisador argentino ligado à IoActive, grande parte do sistema de tráfego usado em grandes cidades dos Estados Unidos possuem um nível tão baixo de segurança que qualquer um com conhecimento na área poderia manipulá-los sem grande dificuldade.


Sistemas de controle de tráfego urbano são alvos fáceis para hackers


Cerrudo, que vai apresentar suas descobertas sobre o assunto durante a conferência Infiltrate, afirma que um dos pontos mais vulneráveis do sistema é o controlador Sensys Networks VDS240. Instalado em mais de 40 cidades dos Estados Unidos e em outros nove países, o dispositivos é constituído por sensores magnéticos embutidos em estradas que transmitem dados a pontos de acesso e repetidores instalados nas proximidades, que em seguida são enviados aos controladores de tráfego.


Protocolos pouco seguros

O principal problema do sensor é o fato de ele usar um protocolo de comunicação próprio semelhante ao Zigbee, mas que não conta com sistemas de criptografia e autenticação confiáveis. Com isso, hackers podem monitorar as informações obtidas ou até mesmo alimentar o sistema como um todo com dados falsos.


Sistemas de controle de tráfego urbano são alvos fáceis para hackers


Embora um criminoso não tivesse o potencial de controlar sinaleiros diretamente, ele poderia passar a indicar que uma via congestionada estava com um fluxo livre de veículos. Além disso, seria possível convencer os controladores de tráfego que uma rua sem carros estava cheia de veículos, o que influenciaria na quantidade de tempo que o sinal verde é exibido, por exemplo.

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